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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Por que ele SUMIU?


Em uma noite como outra qualquer, você inicia uma conversa com boy magia em um síte de  relacionamento.
Conversa vai, conversa vem,  e o protocolo  de conduta é sempre muito parecido, se  evoluir um pouco o caminho é  WhatsApp.
A comunicação nesse canal  é mais fluida, isto é, “se fluir”... Sim, porque as vezes a conversa não passa de um bom dia ou boa noite, mas enfim, se fluir, você vai para a  próxima fase que é marcar um encontro.
Chegou o dia de sair do virtual e rolou o encontro, você gostou do que viu, e ele parece que também.
Ambos se curtiram, a sintonia foi ótima,  a química bateu. E o beijo? Ah, o beijo foi incrível!
Na mesma noite, vocês marcaram um próximo encontro, e como previsto, foi um espetáculo, parecia que tudo ia as mil maravilhas.
Não havia dúvidas que ambos estavam se curtindo.
De repente, depois do terceiro ou quarto encontro, algo aconteceu, as mensagens diminuíram, ele ficou refratário, distante e em seguida  “SUMIU”.
E ai, vem a pergunta que não quer calar!
O que aconteceu? Ele está sem tempo? O que eu fiz de errado? Será que falei demais ou de menos? Foi o meu corpo? Minha performance sexual não foi lá essas coisas?  Será que foi minha ultima mensagem, será que assustei o boy ? Fui com muita sede ao pote?
Enfim, a priori você  questiona o motivo do “sumiço”.  Num  segundo momento,  você cansa de ficar alucinando e não quer mais saber o motivo, você coloca a pessoa na pasta das tentativas frustradas, lá no cantinho das “águas passadas”.
E ai, vem aquela pergunta que não quer calar: O que há de errado comigo? O problema sou eu?
Ei! Não é assim, não é com todo mundo que rola, estamos na fase de amores líquidos, as pessoas nunca se relacionaram de uma forma tão superficial, tão descomprometida.
Pode ser que o boy simplesmente tenha se desencantado por você, nesse caso, não há o que fazer,  assim, reconheça que  ele não é a ultima estrela cadente do Universo, e na sua constelação pode aparecer outras estrelas cadentes tão especiais ou até mais brilhantes que ele.
O fato é,  nas relações afetivas, sobretudo nos “TINDERS” da vida, há  uma oferta gigante de gente quase “a granel” ,  excesso de opção, e esse,    é um caminho quase  sem volta para a confusão, a não escolha, o que de fato acontece é que nos tornamos refém da nossa própria liberdade e não nos damos conta.
A situação vira quase um ciclo vicioso, criamos uma blindagem, uma casca de proteção e aprendemos a reprimir os nossos desejos e em seguida partimos pra outra, vira quase que uma modalidade de postura, uma tratativa velada.
Desaprendemos a nos relacionar,  tolerância zero, isso acontece com ambos.
Aprender a avaliar melhor os perfis talvez seja um caminho para se machucar menos. Sim, machucar menos, pois você não vai se isentar das decepções, e elas doem, machucam um pouco, mas se você aprender a lidar com elas passará menos mal.
 Quando o boy  tem o perfil do “quero comer todas” ou é “baladeiro” e ele percebe  que corre o risco de se apaixonar por você, certamente você entrará na pasta: “ZONA DE RISCO”, melhor manter distância.
 Ele vai sair correndo pra primeira balada que tiver na certeza que vai encontrar varias como você ou até melhores, vai  se divertir, tomar todas, levar pra cama a que rolar o clima, pra provar pra ele mesmo que o sexo com você não foi tão bom assim.
Aconteceu com ele, mas poderia ter acontecido com você!
Faltou coragem, ou talvez a dúvida falou mais alto, e nesse ciclo vicioso do “não é hora de me envolver”  ninguém lembra da EMPATIA.
Talvez ele até tenha uma recaída e volte a te procurar, mas fica esperta!
Para o solteiro convicto, dificilmente a situação vai mudar. Ah, devo alertá-la, esses tipos são os mais sedutores.
Sabemos que não há nada de errado com o sexo casual, entretanto o que vemos é que hoje isto se tornou um padrão comportamental.
Um  menu degustação pode ser bom, o problema é se limitar só a superficialidade.
A verdade é que os mais racionais, se acostumam  com a sedução passageira e não se dispõe  a conhecer o outro, a menos que ocorrer uma paixão arrebatadora. Nesse caso, devo alertá-la que para os mais vacinados, são muito mais resistentes a paixão.
O fato é, que relacionamento não é para qualquer um, a vulnerabilidade não é muito atrativa, precisa de coragem, envolve ajustes, proporcionalidade de investimentos,  tolerância,  troca.
Relacionamento saudável é só para quem está amadurecido, portanto na situação do tal “SUMIÇO” na maioria das vezes  o problema não é VOCÊ!

3 comentários:

  1. O problema não é vc.... O problema é o machismo. O machismo que está na cabeça dele, dela, da sociedade.
    Quem sumiu? Ele? Ou ela?
    Quem some de quem?
    No esconde-esconde a regra é clara: há aquele que procura e o que se esconde.... no Tinder....nos aplicativos de encontro...por que haveria TER?
    Na relação sexual a mulher dá?????
    Então há o que some! E até merece haver o que some!
    A verdade, entendo, é outra. Na relação, sem pesos, sem aquele que dá ou recebe, não há os que se escondem ou não. E se a relação sexual (ou não) valer...fica. Dura. E se não valer...não dura... Não por conta, por culpa deste ou daquele. Sem culpas.
    Na relação...normalmente...não se erra....apenas não se acerta...mas tb. se acerta! E esse é o jogo...o objetivo...
    E a múltipla experimentação? É bom? (de um lado ou do outro).... É bom?
    Não sei...Talvez não....Mas só sei que se não bateu...não ‘valeu’....então não valeu, Pô!
    Só isso.

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  2. Sim, não bateu, não há muito o que justificar...

    Química, ou é ou não é!

    Obrigada pelas suas ponderações...

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  3. Querer evoluir de uma saída superficial, de uma transa carnal, para um relacionamento rico é uma escolha. Uma escolha que envolve um acordo chamado: "vamos continuar?" Este acordo, porém, só funciona para quem sabe que um macaco que fica pulando de galho em galho só se satisfaz com os pulos e não com os galhos que agarra, porque logo larga. Querer experimentar a profundidade do convívio, da intimidade real, só é possível pro macaco que faz malabarismos com um galho só.
    O Tinder é um dos apps que funcionam como "cardápio de gente". Sempre vai aparecer um match mais legal assim ou assado. Mas para optar por um relacionamento vc precisa querer se aprofundar num match só. E aqui entra a vontade de experimentar, de pular de um galho para outro, motivada pela mecânica inconsciente de reprovar o match que já está com vc, que vc passa a criticar e julgar mal.
    "Quero me livrar deste(a) chato(a), então, vou voltar pro app, porque em dois cliques arrumo coisa melhor!"
    E assim caminha a humanidade desumana dos apps... 😉
    Pra mudar isto, precisa ter muita vontade de fixar as atenções num só elemento, enquanto os outros desfilam praticamente nus ao seu lado. Será que o desfile de carnes dos Tinders vai ganhar do romance? O eros vai vencer o que esperamos do amor? Aliás, o que esperamos do amor?

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