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sábado, 13 de junho de 2020

A BUSCA POR UM AMOR





Um vídeo do Professor Pedro Calabrez: Amor e Solidão, me inspirou a escrever esse texto, aliás, não só me inspirou, como vários trechos, saíram do  conteúdo passado.
Um poeta de língua alemã do Século XX,  Rainer Maria Rilke, certa feita disse: “O amor são duas solidões que se protegem, se tocam e se acolhem.”
Já parou para pensar, por qual razão você busca um amor?
Em algum momento, percebeu que as relações hoje em dia estão meio no automático? Você mal acaba um relacionamento e já engata em outro?
A sensação de falta, por vezes nos faz buscar um atalho, talvez alguém para suprir, tapar o buraco do nosso vazio existencial.
Uma nova paixão pode ser o caminho, a famosa demência temporária, ocorre que, nem sempre é a melhor opção, quando passa a catarse, você se depara com ele, “o vazio” e aí se pergunta: Onde eu fui me enfiar?
Talvez não fosse o momento de se envolver com alguém!
Uma frase atribuída a Fernando Pessoa, mas que me parece que foi atribuição equivocada,  exprime tão bem o que quero dizer:
“Enquanto não atravessarmos a dor da nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes é necessário ser um.”
Encarar a solidão, é compreender a realidade da existência enquanto ser humano, ninguém respira por nós, ninguém sente as nossas dores, quando morrermos, faremos a passagem sozinhos, portanto, essa é uma realidade sobre a vida.
O querer estar com alguém não deve ser para suprir o vazio, do contrário, a probabilidade de não dar certo é bem grande.
Então, qual a razão de querer encontrar um amor?
Primeiramente precisamos ter a consciência de estarmos preparados, querer compartilhar algo bom genuinamente.
Relacionamento não é para qualquer um, precisa maturidade, desejo de estar com alguém.
Precisa preparo para a entrega, esquecer o ego, dividir a intimidade, se abrir para que o outro conheça nossa nossas qualidades, fragilidades e vulnerabilidades.
Alguém que o corpo chama, a mente aprova, sentir aquela vontade de dormir e acordar do lado, desejar que aquele momento se prolongue, quem sabe pra sempre.
Alguém,  que apesar da caminhada existencial ser individual, sintamos, que a sua presença deixou-a  mais  leve, mais alegre, menos só, alguém para aqueles dias em que a solidão se fizer presente, e sentir que  a sua presença nos trará mais coragem para encarar as angustias, pois, em que pese não prosperar a “tese” da nossa metade da laranja, tampa da panela, juntos somos mais fortes e melhores.
Amor, para Aristóteles e Spinosa, é a ideia da alegria pela presença ou existência de alguém ou de algo em sua vida.
Amor, é quando você olha para uma pessoa e diz : Existe uma alegria em mim, e a causa dessa alegria é a ideia de saber que você existe! 
Essa deve ser  a razão da busca por um Amor, você só precisa estar inteiro, não precisa ser perfeito, só precisa ser bom e recíproco.



Um comentário:

  1. Pois é. São tantas discussões, visões e análises que nos perdemos da natureza, da naturalidade do amor. O amor platônico está baseado no eros, no desejo. O desejo sexual, a vontade de ter com o outro uma troca física. Para mim, mais do que discutir, está aí a solda de uma parceria importante. Mas não me supro com a satisfação física por muito tempo. Uma hora preciso de mais, hoje, do alto da maturidade. Me atiça uma conexão que vai além da carne. Do diálogo, do paladar apurado de um sorriso de afeto, das mãos entrelaçadas como armas cruzadas num brasão, para enfrentar os desafios pela frente... Preciso da cumplicidade de uma mulher que queira dividir a responsabilidade de um crime da vida: ser feliz.

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